Merian, uma história singular


Merian. Jovem, bonita, desencarnou devido a um câncer de pele. A família viveu o abalo da perda apesar de ser um acontecimento previsto. Católicos praticantes, porém espiritualistas, conviviam bem com ambas as doutrinas que na verdade não se chocavam conceitualmente. 
Conseguiram suportar melhor a perda embora sem compreender o porquê, especialmente com eles que cultivavam a beneficência de maneira piedosa através das obras assistenciais da paróquia que comungavam. 
No Plano Espiritual, Merian após um período de isolamento e proteção das fortes manifestações de saudades dos familiares, entrou em faze de lucidez. Conversando com um instrutor psicólogo que a atendia, perguntou do porque deste retorno tão jovem numa faze em que os sonhos da juventude alimentavam tantos projetos de vida. O terapeuta explicou: 
- “Sabe Merian, a vida é toda uma continuação na qual plantamos e colhemos tanto aqui deste lado como na encarnação. Você num período de ilusões mais fortes, numa vida anterior, tatuou boa parte de seu corpo. Criou assim cicatrizes em um corpo sadio e sem máculas. O corpo é um patrimônio que a bondade de Deus nos favorece para usarmos em nosso crescimento espiritual, intelectual e de aprimoramento. É mais um instrumento como a voz, a visão e todos os sentidos. Subordinados a Leis de Causa e Efeito no uso do nosso livre arbítrio, você sofreu as conseqüências de ter violado seu corpo sem um objetivo nobre e de amor ao próximo por uma legitima decisão de sua vontade. Na ocasião atuando sobre seu pensamento, levamos você muitas vezes a avaliar a iniciativa, porém fomos vencidos pela sua associação as forças interessadas em controlá-la”. 
Nesse ponto através de regressão de memória ela se lembrou de quantas vezes vacilou entre fazer e não fazer tatuagens. O mentor então concluiu: 
- “Pois é irmãzinha querida, pelo menos nesta etapa ficou para traz e vamos nos reter apenas no aprendizado. A vida continua e o sofrimento é sempre temporário. O bem é sempre vitorioso nos resultados finais”. 

Relato obtido por inspiração mediúnico a partir do estudo de pequeno trecho do Capitulo 5 do livro “Cidade dos Espíritos”de  Ângelo Inácio/ Robson Pinheiro 

Texto encaminhado pelo amigo Roberto Sérgio Carneiro – resergio39@yahoo.com.br